Baixa na milícia

CanEcko! Bandidos são presos com caneca em homenagem a miliciano

Dupla faze parte da milícia comandada pelo Zinho

Caneca em homenagem aos milicianos mortos  Carlinhos Três Pontes e Ecko foi apreendida
Caneca em homenagem aos milicianos mortos Carlinhos Três Pontes e Ecko foi apreendida |  Foto: via grupo Enfoco
 

Dois homens ligados à milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, acusado de comandar o maior grupo paramilitar do Estado, foram presos nesta quarta-feira (6) em Cosmos, na Zona Oeste do Rio. A dupla estava com armamentos pesados e uma caneca com fotos dos milicianos mortos Carlos Alexandre da Silva Braga, o Carlinhos Três Pontes, e Wellington da Silva Braga, o Ecko, ambos irmãos de Zinho. 

Cabral e Léo 10, como foram identificados, foram presos por equipes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco). Com eles a polícia também encontrou roupas táticas, facas e relógios.

De acordo com a polícia, a localidade na qual os milicianos foram encontrados era usada para reserva de armamento. A dupla não resistiu à prisão. 

De Liga da Justiça ao Bonde do Ecko

Carlinhos Três Pontes e Ecko são antigas lideranças da maior milícia do Rio. O primeiro esteve à frente do grupo paramilitar entre os anos de 2014 e 2017, quando foi morto pela Polícia Civil. 

Carlinhos herdou a milícia conhecida como Liga da Justiça, que tinha esse nome em referência ao grupo de super-heróis dos quadrinhos chamado Liga da Justiça. Investigações da Polícia Civil apontam que o grupo paramilitar começou pelos irmãos e políticos Jerominho Guimarães e Natalino Guimarães, entre 1995 e 1996.

Em seguida, os ex-policiais militares  Ricardo Teixeira Cruz e Aldemar Almeida dos Santos, conhecidos respectivamente como Batman e Robin, passaram a comandar aquela que acabara de se tornar a maior milícia do Rio. Batman foi preso em 2009, quatro anos depois da morte de seu aliado Robin. 

Com a prisão de Ricardo Batman, o miliciano Toni Ângelo de Souza Aguiar, que também ex-policial militar, passou a chefiar a Liga da Justiça. O ex-PM foi baleado e preso em 2013. 

A história de Wellington da Silva Braga, o Ecko, na milícia, começa em 2017 após a morte do irmão. Ao assumir a organização criminosa, o grupo passa a ser conhecido como temido 'Bonde do Ecko'. A polícia atribui mais de cem morte aos comandados por Ecko. 

Ele foi morto em 2021, durante uma operação da Força-Tarefa da Polícia Civil, criada pelo Governo do Rio para combater a milícia. 

Com a morte de Ecko, Zinho passou a ser o principal nome do Bonde do Ecko. Ele é procurado pelas forças de segurança do Estado. 

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